sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Conheça os mineiros que estarão no Fit




A Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura divulgou os dez espetáculos mineiros selecionados para a mostra local da 14ª edição do Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH). Foram recebidas 178 inscrições de grupos e artistas de todo o estado. O FIT-BH acontece de 13 a 23 de setembro em diversos espaços da capital. 

Os  trabalhos escolhidos foram: Rua das Camélias(Cia. Vórtica de Teatro), Two Ladies (Oh Ladies! Group), Peixes (Ana Régis), Espécie (Igor Leal – Beijo no seu Preconceito), Fuck her (Ludmilla Ramalho), Deformação (Priscila Rezende), A Jagunça (Insólita Companhia), O Grito do Outro – O Grito Meu! (Cia. Espaço Preto), Sublime Travessia (Dudude) e A Santa do Capital (Cóccix Companhia Teatral). 

A seleção foi feita por comissão paritária formada por membros da sociedade civil e do poder público. Representaram a sociedade civil Anderson Feliciano, Carolina Braga, Antônio Carlos Ferreira e Ângelo César Fernandes. Pela administração pública, Fernanda Álvares Vidigal, Graziella de Souza Pereira, Márcio Emmanuel de Oliveira Moraes e Roza Maria Oliveira. A comissão assistiu aos espetáculos em vídeo. O processo seletivo recebeu o suporte do Instituto Periférico, organização da sociedade civil selecionada por meio de chamamento público e, que nesta edição, assina a correalização do festival, ao lado da Fundação Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Cultura.

O conceito Corpos-dialetos permeia toda a programação do FIT-BH, da mostra nacional à internacional, passando também pela mostra local. O conceito revela teatro brasileiro contemporâneo, estruturado nas matrizes africanas e marcado por debates estético-políticos sobre questões de gênero e étnico-raciais.

Conheça os escolhidos
A jagunça - Insólita Companhia: Zinha nasceu num fim de mundo do sertão mineiro, onde seu marido e filho são assassinados. Ao perder o companheiro, ela se resigna, mas, ao perder o filho, ela abre o corpo para Deus e o Diabo dizendo precisar da força dos dois para vingar sentença. Um só seria pouco. Certa de ter sido revestida de poder superior ela fecha seu corpo, vinga a morte dos seus e fazendo do sertão, sua nova morada. A fama de seu feito se espalha e Zinha passa a ser conhecida como A Jagunça.

Fuck Her - Ludmilla Ramalho: O corpo da performer, nu e estendido no chão, é coberto por ração e quarenta pintinhos o percorre bicando para se alimentar. A fúria do termo inglês, no entanto, é desarticulada pelo jogo com o termo "pinto" que designa, em português, tanto o falo masculino quanto o singelo filhote da galinha, que descobrimos ser o verdadeiro agente do consumo do corpo feminino.

Sublime Travessia – Dudude: Evangelista um nordestino, sonha com uma linda donzela presa no quarto de sua casa. Em busca do sonho, Evangelista resolver viajar e tentar encontrar a moça dos seus sonhos. Quando chega à Cidade do Labino, o aventureiro descobre a existência de uma moça que é mantida pelo seu pai um poderoso conde, trancafiada no quarto e podendo aparecer na janela uma vez por ano durante uma hora. 

O Grito do Outro - O Grito Meu! - Cia. Espaço Preto: Onde estão os negros? Você os vê? Você os ouve? Quem é negro? Vozes que ecoam, gestos que se completam, histórias que se misturam.

A Santa do Capital- Cóccix Companhia Teatral: A Santa do Capital ocupa/ressignifica espaços urbanos, permitindo ao público uma surpresa sensorial e narrativa a cada cena. A peça aborda mascaramentos e totens humanos, metamorfoseados, transfigurados, nos elementos da carne, da fome, da fé, do Capital. Aquele que se sobrepõem aos miseráveis. Aquele que nos permite pensar a Santa no caos da especulação financeira de tempos. Quantas vozes dialéticas esta Santa ressalta? Qual Santa nos alimenta? A serviço de quem ela propaga sua, nossa voz? 

Rua das Camélias - Cia. Vórtica de Teatro: Uma rua. Um lugar da cidade. Rua das Camélias ocupa um hotel de ‘alta rotatividade’ e procura revelar um pouco da vida que existe atrás do mito. O que é real? O que é fantasia? Quem foi Hilda Furacão? Quem são as mulheres que hoje alugam os quartos destes hotéis? O que procuram? O que isso tem a ver com cada um de nós?

Two Ladies - Oh Ladies! Group: Uma pequena sugestão de espanto-antitédio para senhoras e donas de casa. Two Ladies é uma jornada de mulheres em trânsito dividida em três atos: “Two Ladies Golfers”, “Academia de Malvadas” e “Donas das Divinas Tetas”. Trata-se da saga de duas mulheres superlativas em constante mutação, que vão de um comportamento frívolo e submisso, ao empoderamento e autonomia de seus corpos. Como numa saga épica, elas passam por três momentos importantes da descoberta do seu feminino.

Peixes - Ana Régis: Em uma consulta médica, em manicômio judiciário, Cláudia, de 47 anos, professora, revela as histórias que viveu, numa narrativa fragmentada como seu pensamento. Ela conta como quebrou a ordem das coisas e se libertou do ciclo de violência do qual fazia parte. Cláudia não é uma estatística. Cláudia é uma consequência social. Peixes é um espetáculo poético e forte, cuja dramaturgia contém relatos reais de mulheres violentadas.

Espécie - Igor Leal - Beijo no seu preconceito: "Desejo para você - para nós - fúria criativa para continuarmos a devorar o mundo. E que o resto seja amor”. Espécie  é um trabalho híbrido que caminha pelo teatro, performance e instalação com perspectiva queer e pós-pornô. Uma experiência que usa das sexualidades como via de expressão artística, ampliando noções de vida e prazer para transcender categorias sociais de sexo e amor.

Deformação - Priscila Rezende: Deformação busca expor um conflito comumente enfrentado por mulheres negras e à margem do padrão estético imposto por nosso meio social, que se vê segregada, menosprezada e não representada em nossos meios midiáticos e até mesmo em ambientes de convívio diário, muitas vezes não figurando como referências de "boa aparência" e "beleza", tornando claras e concretas as feridas incutidas na autoestima desta mulher.


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Neste domingo tem ação culural na Praça JK



No dia 2 de setembro, domingo, a Praça JK (Av. dos Bandeirantes, 240 - Sion, Belo Horizonte) será palco da Ação Cultural Caravana do Coração com diversas atrações e atividades gratuitas para todas as idades, das 9h30 às 13h30. A iniciativa busca ampliar o acesso à cultura e estimular a reflexão acerca da saúde e do bem-estar físico, mental e social, por meio da programação diversa disponibilizada em espaços públicos de Belo Horizonte. O evento estreou em 2016, na Praça da Assembleia. Por meio do encontro com a arte, a Caravana promove também a ocupação criativa da cidade, a integração social e o resgate das memórias afetivas e dos momentos de lazer em família.
 O compositor, arranjador, produtor musical e guitarrista Toninho Horta, que completa 50 anos de carreira, e a Orquestra Fantasma apresentam os grandes clássicos e sucessos que marcaram a sua trajetória no Clube da Esquina junto a temas inéditos, em formato instrumental. A programação cultural exalta a magia do circo na invasão de palhaços do Grupo Trampulim, em atuações musicais, teatrais e criativas, que prometem encantar adultos e crianças, e na performance da Cia Pia Fraus, que levará à Praça JK um verdadeiro circo a céu aberto com o espetáculo &ldquoGigantes de Ar&rdquo, em apresentação única em BH. Na oficina &ldquoCorações Solidários&rdquo, da artista Tina Descolada, o público poderá confeccionar peças e enfeites artesanais em formato de coração, utilizando materiais recicláveis.
 O público contará com espaços para exercitar a criatividade e cuidar da saúde e do bem-estar. Estarão à disposição serviços gratuitos, como quick massage, oferecida pelo Grupo EPO, e massagem e procedimentos de estética facial, oferecidos pela Onodera Estética. A equipe do Grupo São Marcos estará presente e irá disponibilizar aferição de pressão arterial e medição de glicose.

A Ação Cultural Caravana do Coração é uma realização da Mais Ação Promoções e Eventos, com patrocínio do Grupo São Marcos, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.