O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) reconheceu na quarta-feira, dia 19 de setembro, a literatura de cordel como
Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A decisão foi tomada por unanimidade
pelo Conselho Consultivo, que se reúne no Forte de Copacabana, no Rio de
Janeiro.
"Poetas,
declamadores, editores, ilustradores, desenhistas, artistas plásticos,
xilogravadores, e folheteiros, como são conhecidos os vendedores de livros, já
podem comemorar, pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial
Brasileiro", anuncia o Iphan.
A
reunião contou com a presença do Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, da
presidente do Iphan, Kátia Bogéa e do presidente da Academia Brasileira de
Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira.
O
gênero literário é ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos
brasileiros. Segundo o instituto, apesar de ter começado no Norte e
no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o Brasil,
principalmente por causa do processo de migração de populações.
História
O
cordel foi inserido na cultura brasileira ao final do século 19. O gênero
resultou da conexão entre as tradições orais e escritas presentes na formação
social brasileira e carrega vínculos com as culturas africana, indígena e
europeia e árabe. Tem ligação com as narrativas orais, como contos e histórias;
à poesia cantada e declamada; e à adaptação para a poesia dos romances em prosa
trazidos pelos colonizadores portugueses.
Originalmente,
a expressão literatura de cordel não se refere em um sentido estrito a um
gênero literário específico, mas ao modo como os livros eram expostos ao
público, pendurados em barbantes, em uma especie de varal.
De
acordo com o Iphan, os poetas brasileiros no século 19 conectaram todas essas
influências e difundiram um modo particular de fazer poesia que se transformou
numa das formas de expressão mais importantes do Brasil.
Fonte:
agenciabrasil
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