Continuando com aquele propósito de ler um livro por mês, estou terminado de ler “Diário de Judith Malina”, que conta a história do grupo de teatro: The Living Theatre, ou seja “O teatro vivo”.
A obra retrata a vida de Judith durante o tempo em que ela esteve no Brasil, com o grupo de teatro, composto por seu marido Julian Beck, e outros treze participantes do grupo.
Conheci a história deste grupo quando estava na faculdade, mas não ainda não tinha tido a oportunidade de ler o livro. Quem tiver a oportunidade leia e fique sabendo de mais uma atrocidade feita pelo governo durante o período militar.
Só para você ter uma idéia, saiba um pouco do que se trata o livro: O The Living Theatre é um dos mais antigos grupos de teatro experimental nos Estados Unidos. O grupo propunha o fim das fronteiras entre palco e platéia, das fronteiras entre arte e vida, e atores e público, chamando o público a participar ativamente na cena de seus espetáculos.
Julian Beck e Judith Malina estiveram no Brasil, ao início dos anos de 1970, trabalhando com o grupo Teatro Oficina. Vieram convidados pelo grupo, para dar palestras sobre seu teatro inovador e anárquico.
Durante o Festival de inverno de Ouro Preto, o grupo foi preso, por posse de maconha. Mas a denúncia foi feita por que as apresentações do grupo chocaram a provinciana cidade mineira. 13 integrantes foram levados à prisão em Belo Horizonte. O caso ganhou repercussão mundial e um abaixo-assinado foi feito em protesto à prisão dos artistas, com assinaturas de John Lennon, Marlon Brando e Bob Dylan. Com tamanha visibilidade, o governo militar expulsou o grupo do Brasil, acusando-os de denegrir a imagem do país.
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