Todos sabem que fui uma católica praticante e que gostava muito de dar exemplo do que falava. Sabem também que a própria Igreja conseguiu me mostrar o quanto eles falavam pouco de Deus e foi me afastando de tal forma, que parece que há um muro de aço entre nós.
Hoje, sou capaz de dizer com firmeza que não acredito em nenhuma igreja e muito menos no que elas pregam. Ouso até mesmo a afirmar que não tenho religião. Mas também não sou ateia, e muito menos agnóstica. Uma vez que acredito firmemente em Jesus Cristo, na Santíssima Trindade e em Nossa Senhora, além disso, acredito, respeito e tento viver os ensinamentos de Jesus Cristo.
Por isso, vi com certo ceticismo, quando o Papa Francisco começou a pregar o amor aos pobres e vida simples. É que já estive dentro da Igreja e seu que ela sempre pregou estas coisas, mas nunca viveu. Cheguei até mesmo a pensar que o Papa era apenas um argentino esperto e bom de marketing.
Endurecida com tudo que já vi e vivi dentro da Igreja Católica, nem mesmo o fato do Papa se chamar Francisco, um santo que tenho grande apreço, me convenceu, naquele primeiro momento.
Mas depois de todo esse tempo que ele está no papado, tenho que reconhecer que ele é diferente dos outros católicos que conheci e que ele quer mesmo mudar essa instituição e mostrar para os católicos que Jesus ainda existe e quer ver seus ensinamentos colocados em prática.
Pois é, o antigo cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco, está me convencendo, ou já convenceu. Começo a perceber que ele é mesmo um Papa antineoliberal, que valoriza as pessoas, em favor do Estado social, sem dar valor ao dinheiro, às riquezas, à ostentação, mas sim aos pobres, independentemente das religiões que praticam e mesmo dos que são ateus, porque, segundo ele, são todos filhos de Deus.
Posso até dizer que isso não acontece somente comigo, esse homem conquistou não só os católicos mas a gente de todas as religiões - e os não religiosos - provocando uma verdadeira revolução pacífica no Vaticano, afastando a ostentação, a riqueza inútil e a corrupção, em favor dos pobres e dos que sofrem, sejam de que religiões forem ou mesmo de nenhuma.
Ao final de tudo, nestes dias, comecei a desejar estar no Rio, e participar da Jornada Mundial da Juventude. Queria rezar com eles e até mesmo ver o Papa, que afinal se mostra ser aquilo que eu sempre quis ver em um representante da Igreja.
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