Ao meu ver, ele nada mais é do que um fantasma rubro de barba branca.
Ele mudou o sentido do Natal – Quando eu era criança Natal significava natividade, nascimento, no caso nascimento de Jesus. O natal era uma celebração na vida e obra de Jesus, no seu legado de caridade e sabedoria. Ficava emocionada quando via a família unida para celebrar essa data. Tudo era feito com muita humildade, sem grandes ceias e presentes, nem pensar. Mas era tudo muito bonito e tinha o sentido de reunião e confraternização.
Ouvi falar de Papai Noel, que mais me pareceu um fantasma rubro de barba branca, pela primeira na adolescência e fiquei pasma em saber que as crianças escreviam cartinhas para ele pedindo presentes. Para mim o Natal era somente de Jesus e só ele poderia me proporcionar alguma coisa. Aos poucos, o fantasma do velhinho rubro, que nada mais é do que uma lenda capitalista e consumista foi mudando o sentido da data.
Atualmente algumas famílias até fazem novenas nesta época, vão á igreja, mas não conseguem passar o sentido do Natal para seus filhos. Muitos cristãos acabam por dedicar seu tempo e energia para planejar a ceia de natal, o que cada um deve levar, na casa de quem, sorteio do amigo secreto e tudo mais. E com isso, também dedicam grande parte do tempo em filas de estacionamentos, lojas e supermercados. Afinal, é preciso comprar os presentes, o tender, chester e todos esses ‘artigos’ natalinos.
E assim, o natal deixou de ser vivido em sua essência, uma vez que foi vinculado ao Papai Noel, um personagem que nega ponto a ponto os valores originários do cristianismo. Com o consumismo, o sentido do Natal é simplesmente o presente, e ele deve ser caro, da moda e trazido por Papai Noel e nunca por Jesus.
Ele roubou o lugar de Jesus no Presépio – Muitas famílias ficam dias preparando o Natal. Enfeitam a casa, montam árvores e até fazem um presépio, sem Jesus é claro, uma vez que ele só aparece na história, a meia noite do dia 24, não é mesmo. Contudo, a meia noite, hora em que Jesus deveria aparecer, quem aparece é o Papai Noel, com aquele saco vermelho para distribuir os presentes, Jesus fica esquecido.
Todos abrem os seus presentes e ficam o resto do ano agradecido por que Papai Noel, se lembrou dele. (Sei que uma família que fez o presépio, mas quando deu meia noite, ficou tão empolgada com a chegada do Papai Noel, que só lembrou de colocar Jesus no lugar dele no outro dia)
Ele mercantilizou o Natal - O Natal deveria ser uma data cristã celebrada por grande parte dos brasileiros para propagar o espírito natalino regado de solidariedade e senso de comunhão. Porém, o Papai Noel é o principal símbolo da mercantilização da data. Será que quando se tornarem adultas, as crianças de hoje irão se lembrar dos momentos em reunião com familiares e amigos ou apenas do brinquedo que ganharam ou deixaram de ganhar? Será que eles vão se lembrar do sentido da data, ou das visitas nos shoppings para tirar as famosas fotos com o Papai Noel? Essas são perguntas que me faço sempre.
Ele desvaloriza o esforço dos pais - Vista em boa parte do mundo como um dos símbolos do Natal, a cartinha para o Papai Noel se transformou, ao longo dos anos, em uma extensa lista de presentes capaz de incentivar o consumo desenfreado nesta época. Normalmente são os pais que incentivam a famosa cartinha.
Depois se vêem numa situação embaraçosa porque o filho pediu uma coisa que eles não poderiam comprar. Em seguida, se endividam para comprar o presente, simplesmente para que o filho não perca a magia do Natal. Que magia é essa? No dia do Natal colocam o presente debaixo da árvore e falam que foi o Papai Noel que deixou lá e neste momento todo o esforço dos pais fica desvalorizado.
Se os pais querem mesmo incentivar a cartinha, eles deveriam pedir que seus filhos a escrevessem a Jesus Cristo, pedindo algo melhor para o mundo e no noite de Natal deveriam ler como uma forma de oração na noite de Natal. (Por isso, nunca me peçam para pegar uma cartinha que uma criança escreveu pedindo presente para Papai Noel. Sempre respondo que ela escreveu para ele e não para mim. Se tivesse escrito para Jesus, eu até contribuía).
Ele representa a cultura alheia – O nosso Natal é celebrado no auge do verão e o Papai Noel veste gorro, roupa vermelha com punhos de lã e botas, ou seja, ele usa trajes tão pesadas que não usamos nem nos dias mais frios do nosso inverno. Isso porque o personagem criado na Europa e adotado nos Estados Unidos, regiões onde parte do território é tomada pela neve durante o Natal. Quem já chegou perto que um Papai Noel que estava suando? Eu já.
Isso sem falar nas renas! No Brasil tem renas, por acaso? Onde? Eu nunca vi. Outro ponto que sempre me inquieta é o fato ser sempre branco, quase um alemão, num país que metade da população é negra. Além disso, o monstro rubro de barba branca entra pela chaminé – quem, por mil diabos, costuma vê chaminé por essas bandas? Nem fogão a lenha se tem mais. As vitrines estão cheias de neve de isopor ou algodão simbolizar a neve, pois frio aqui nessas bandas nem dentro do congelador. Eu não entendo também por que o tal do Papai Noel tem que vestir vermelho (não poderia ser verde, azul, amarelo?).
Ele é símbolo do consumismo - Aquele velhinho que usa roupa vermelha, tem a barba grande e usa gorro é simplesmente um golpe de marketing das empresas que querem apenas vender mais. Contudo, as pessoas não percebem que são usadas para comprar mais. Trabalham duro o ano inteiro, para quê? Para comprar! Às vezes não aproveitam o que foi comprado, na anciã de comprar ainda mais.
Nem a roupa vermelha que ele usa é original - O dito “bom velhinho”, que de bom não tem nada, foi inspirado em São Nicolau, arcebispo da cidade de Mira, atual Turquia, no século IV, que dava presentes a crianças pobres. Inicialmente ele foi representado com trajes de inverno na cor verde. No século XX nos Estados Unidos e Canadá, a Coca-Cola lançou um comercial do bom velhinho com trajes vermelhos, gordinho, alegre e com barba toda branca. A força do marketing a partir deste momento transformou para sempre os trajes verdes em vermelho e passou a incentivar o consumismo e o prazer em trocar presentes.
Ele é representa o velho e Jesus representa o novo – Pare para pensar um pouco. Se Natal é nascimento, como poder ser representado por um homem velho?
INDEPENDENTE DA SUA RELIGIÃO, SE VOCÊ É UMA PESSOA CRISTÃ, REVEJA OS SEUS CONCEITOS SOBRE O DITO "BOM VELHINHO".