quinta-feira, 4 de julho de 2013

A volta da cura gay

Inacreditável. Não passaram nem 24 horas e a bancada evangélica da Câmara protocolou na última quarta-feira, dia 3, o projeto de leque libera a “cura gay”. O texto havia sido arquivado na noite anterior pelo plenário.

Para os evangélicos, o projeto foi “rotulado pejorativamente pela mídia”, como preconceituoso. Diante da articulação, a Secretaria-Geral da Câmara informou que a Mesa Diretora vai avaliar se a proposta poderá ou não tramitar.

O arquivamento do polêmico projeto de lei que permitia o tratamento da homossexualidade foi apenas uma manobra de João Campos para reapresentar a proposta em momento oportuno, mas esperava-se que isso não acontecesse tão rápido. Para conseguir essa façanha, ele aproveitou as regras do Regimento Interno da Câmara e apenas arquivou o texto.  Para o projeto ser banido da história do Brasil, ele deveria ter sido rejeitado em plenário, aí sim não haveria mais chance de representação.

A manobra foi até confirmada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), em uma rede social. Segundo Feliciano, o projeto da cura gay “voltará na próxima legislatura”. “Teremos um número maior de deputados evangélicos”, previu o deputado, referindo-se à disputa eleitoral de 2014.

É lamentável que um projeto de lei baseado em dogmas religiosos seja assunto em debate no Congresso Nacional. Aqueles que foram eleitos para trabalhar em prol da saúde, da educação e da qualidade de vida para seus representantes, estão usando o espaço para legislar em causa própria. Está iniciada a guerra santa à Brasileira. De um lado, os evangélicos; do outro, os movimentos LGBT.

Esses dois grupos deveriam estar unidos para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

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